quarta-feira, julho 02, 2008

I Jornada do Património Mineiro. Comunicações (parte 1)

No âmbito da actividade da Comissão para a Defesa do Património Cultural do Concelho de Rio Maior teve lugar, no passado dia 12 de Abril, a I Jornada do Património Mineiro do Concelho de Rio Maior. Evento promovido em colaboração com a Secção de Minas (GEOMIN) da Associação Portuguesa de Património Industrial (APPI), teve como objectivo central a sensibilização das entidades locais para a necessidade de preservação e refuncionalização do Complexo Mineiro do Espadanal, bem como a divulgação junto da comunidade riomaiorense do valor de um legado fundamental da história contemporânea regional.

O programa de trabalhos da Jornada incluiu uma visita ao conjunto edificado da Fábrica de Briquetes, a abertura de Exposição alusiva à História e ao Património das Minas do Espadanal e o lançamento do vol.3 (2007) da revista Arqueologia Industrial (APPI) dedicado ao Património Mineiro Riomaiorense, reunindo a participação de um quadro de especialistas nacionais na área da salvaguarda patrimonial para uma sessão pública no auditório da Biblioteca Municipal, subordinada ao tema “Património e Desenvolvimento Regional”, que contou com ampla assistência pela comunidade e titulares dos órgãos de decisão locais.

A sessão, com abertura pelo Dr. João Afonso Calado da Maia (membro da Comissão para a Defesa do Património Cultural do Concelho de Rio Maior) e pelo Dr. Mário Barroqueiro (membro da Direcção da GEOMIN) e mediação pelo Prof. José Manuel Brandão (sócio fundador da GEOMIN e membro da Junta Directiva da Sociedade Espanhola para a Defesa do Património Geológico e Mineiro), estruturou-se em torno de três comunicações: “Minas do Espadanal. História e Património”, pelo Arq. Nuno Alexandre Rocha (membro da Comissão para a Defesa do Património Cultural do Concelho de Rio Maior), “Os Papéis da Política e da Cidadania no Património Local”, pelo Arq. Jorge Manuel Mangorrinha (membro do Conselho Nacional de Delegados da Ordem dos Arquitectos), e “Recuperação de Espaços Industriais”, pelo Prof. Dr. José Manuel Cordeiro (Presidente da APPI e representante em Portugal do Comité Internacional para a Conservação do Património Industrial, UNESCO).

O corpo de conhecimento que publicamente se consolidou impõe, pela sua relevância para a compreensão da história do século XX em Rio Maior e para o estabelecimento de um quadro de boas práticas de intervenção no âmbito do património concelhio, a divulgação alargada aos derradeiros detentores da memória colectiva local: os cidadãos riomaiorenses.

Com este objectivo tomará forma nos próximos números do jornal Região de Rio Maior a publicação integral dos documentos apresentados no passado dia 12 de Abril, principiando com a síntese do extenso levantamento documental e análise da história e do património edificado em contexto urbano e no couto mineiro, bem como do património imaterial que constitui a memória de gerações de riomaiorenses, que se vem sedimentando no Processo de Estudo e Salvaguarda do Património Mineiro, da autoria do arquitecto Nuno Alexandre Rocha.




















Quadro de Abertura da Comunicação: “Minas do Espadanal. História e Património”, pelo Arq. Nuno Alexandre Rocha.


COMISSÃO PARA A DEFESA DO PATRIMÓNIO CULTURAL DO CONCELHO DE RIO MAIOR in Região de Rio Maior nº1023, de Sexta-feira 16 de Maio de 2008

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